EUA atacam instalações nucleares do Irã: Trump confirma ofensiva e aumenta tensão global

EUA atacam instalações nucleares do Irã: Trump confirma ofensiva e aumenta tensão global

Na noite deste sábado (21), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que o país lançou ataques aéreos contra três instalações nucleares no Irã: Fordo, Natanz e Isfahan. O anúncio ocorre em meio à escalada militar entre Irã e Israel, reacendendo o temor de um conflito de proporções globais.

Na noite deste sábado (21), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que o país lançou ataques aéreos contra três instalações nucleares no Irã: Fordo, Natanz e Isfahan. O anúncio ocorre em meio à escalada militar entre Irã e Israel, reacendendo o temor de um conflito de proporções globais.

Em mensagem publicada na rede Truth Social, Trump declarou:

“Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã. Todos os aviões já estão fora do espaço aéreo iraniano”.

✈️ O ataque: alvos estratégicos e tecnologia de ponta

Segundo Trump, o ataque envolveu uma “carga completa de bombas” lançada sobre o complexo de Fordo, uma das instalações nucleares mais protegidas do Irã. A operação teria sido executada com bombardeiros furtivos B-2 Spirit, enviados previamente à base de Guam, no Pacífico. Esses aviões são capazes de carregar armamento especializado para penetrar estruturas subterrâneas, como as do Irã.

A ofensiva mirou três pontos-chave:

  • Fordo: centro de enriquecimento de urânio localizado em uma montanha próxima à cidade sagrada de Qom.

  • Natanz: base nuclear estratégica, anteriormente alvo de ciberataques e explosões misteriosas.

  • Isfahan: centro militar-industrial iraniano, conhecido por suas fábricas de drones e mísseis balísticos.

🇮🇷 Reação do Irã: reconhecimento e retórica de confronto

Autoridades iranianas reconheceram os bombardeios. Morteza Heydari, da gestão de crises da província de Qom, confirmou danos em Fordo. Em Isfahan e Natanz, explosões também foram relatadas por autoridades locais.

A mídia estatal iraniana afirmou que drones israelenses foram detectados e neutralizados no sul do país, e que as defesas aéreas foram acionadas em diversas regiões. Israel, por sua vez, alegou ter eliminado três altos comandantes iranianos nos últimos dias, incluindo nomes ligados aos ataques de 7 de outubro.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, alertou em entrevista à BBC que uma entrada direta dos EUA no conflito transformaria o Oriente Médio em “um inferno”.

💣 Complexos nucleares: o que há em Fordo, Natanz e Isfahan?

🧪 Fordo

Escondida sob uma montanha, Fordo é uma das instalações mais fortificadas do Irã. Acredita-se que partes do complexo estejam a mais de 800 metros de profundidade, dificultando ataques convencionais. Lá, centrífugas de última geração enriquecem urânio — um processo que pode ser voltado tanto para fins pacíficos quanto para a produção de armas nucleares.

⚙️ Natanz

Alvo constante de sabotagens, Natanz é o maior complexo de enriquecimento de urânio do país. Analistas dizem que as estruturas subterrâneas ficam a cerca de 20 metros da superfície, o que ainda exige tecnologia militar avançada para ser atingido com precisão.

🛰️ Isfahan

Centro industrial de grande importância, Isfahan abriga fábricas de drones e mísseis balísticos. A cidade já foi alvo de ataques anteriores, como em 2023, quando o Irã acusou Israel de usar drones para atingir uma fábrica de munições.

📜 O programa nuclear iraniano: entre acordos e violações

O Irã sempre sustentou que seu programa nuclear tem fins pacíficos. No entanto, investigações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revelaram atividades suspeitas no passado, especialmente entre as décadas de 1980 e 2000.

Em 2015, o país assinou um acordo com potências mundiais, limitando seu enriquecimento de urânio em troca do alívio de sanções econômicas. Mas em 2018, Trump abandonou o pacto e impôs novas sanções. Desde então, o Irã vem progressivamente violando os termos, ampliando o nível de pureza do urânio e reativando estruturas como Fordo.

Em 2021, o país anunciou o uso de centrífugas de sexta geração, mais rápidas e eficientes, reacendendo temores de que esteja se aproximando da capacidade de produzir uma arma nuclear.

⚠️ Escalada perigosa: o que pode acontecer agora?

A entrada declarada dos EUA no conflito entre Irã e Israel marca um novo estágio da crise. Especialistas avaliam que a ofensiva americana, embora pontual, pode abrir espaço para uma reação em cadeia:

  • Risco de resposta direta do Irã, possivelmente contra bases dos EUA na região.

  • Aumento da pressão sobre aliados europeus, que tentam intermediar uma solução diplomática.

  • Possibilidade de ataques cibernéticos e sabotagens, como já ocorrido em anos anteriores.

  • Mobilização de grupos pró-Irã no Líbano, Síria e Iêmen, o que pode ampliar o teatro de operações.

🛑 Israel em alerta total

Após os bombardeios dos EUA, as Forças de Defesa de Israel elevaram o nível de alerta em todo o país. As instruções incluem:

  • Suspensão de atividades escolares;

  • Proibição de aglomerações;

  • Restrição ao funcionamento de empresas, exceto as essenciais.

🧭 Conclusão: um ponto sem retorno?

O cenário no Oriente Médio torna-se cada vez mais imprevisível. Com ataques cruzados, retórica inflamável e a entrada direta de grandes potências militares, o risco de uma escalada para um conflito regional — ou até global — aumenta exponencialmente.

Ainda não está claro se os bombardeios foram pontuais ou parte de uma campanha militar mais ampla. O mundo observa com apreensão os próximos movimentos de Washington, Teerã e Tel Aviv.