Presidente dos EUA afirma que pausa nos combates deve começar em poucas horas e que a guerra será oficialmente encerrada após a conclusão de "missões finais".
Em uma publicação feita nesta segunda-feira (23) na sua rede social, a Truth Social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Israel e Irã chegaram a um acordo para um cessar-fogo completo. A trégua deverá ter início nas próximas horas, encerrando oficialmente o confronto direto entre os dois países, que já se estende por 12 dias.
“Foi totalmente acordado entre Israel e Irã que haverá um cessar-fogo completo e total (em aproximadamente 6 horas a partir de agora, quando Israel e Irã concluírem suas missões finais em andamento!), por 12 horas, momento em que a guerra será considerada encerrada!”, escreveu Trump na rede.
🌍 Conflito teve escalada após bombardeios e ameaças nucleares
O anúncio acontece apenas dois dias após os Estados Unidos atacarem três instalações nucleares estratégicas no Irã, localizadas em Fordo, Natanz e Isfahan. A ofensiva americana reacendeu a tensão no Oriente Médio e levou o Irã a retaliar com ataques a bases militares no Catar.
A retórica do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, também alimentou o clima bélico. No domingo (22), ele afirmou que o “inimigo sionista cometeu um grande erro e deve ser punido”, em clara referência a Israel, embora sem citá-lo diretamente.
Ainda assim, o anúncio de Trump representa um possível ponto de virada no conflito mais grave envolvendo Teerã e Tel Aviv nos últimos anos.
🕊 O que se sabe sobre o cessar-fogo?
Segundo o comunicado do presidente americano, as duas nações seguirão realizando operações militares em andamento — chamadas por ele de “missões finais” — antes que o cessar-fogo entre em vigor, o que está previsto para ocorrer dentro de seis horas após o anúncio.
A pausa deve durar 12 horas, sendo considerada por Trump como "o fim oficial da guerra". No entanto, nenhuma confirmação oficial foi divulgada até o momento por Israel ou pelo governo iraniano.
Fontes ligadas à diplomacia internacional afirmam que o acordo foi mediado com apoio de canais indiretos, envolvendo principalmente potências globais como a China e Rússia, além de uma forte pressão exercida pelos Estados Unidos.
🔍 Tensão nos bastidores e risco global
O temor global com uma possível expansão do conflito — especialmente após o Irã ameaçar o fechamento do Estreito de Ormuz, vital para o fluxo de petróleo mundial — acelerou os esforços diplomáticos nos bastidores. Cerca de 20% da produção global de petróleo cru passa pela região, o que poderia desencadear uma crise energética.
Na véspera, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, havia solicitado publicamente à China que pressionasse Teerã para evitar o bloqueio da rota. Em sua fala, alertou que “seria um suicídio econômico para o Irã”.
🗣️ Trump busca protagonismo como pacificador
Desde o início das hostilidades, Trump tem adotado uma postura ambivalente: inicialmente prometendo força contra o Irã, mas também defendendo publicamente a “necessidade de diálogo” e se oferecendo como mediador da paz.
Este anúncio de cessar-fogo pode ser visto como um trunfo político para Trump, que já havia sido criticado pela escalada militar recente. Caso o acordo se confirme, o presidente poderá apresentar-se como articulador de uma trégua histórica entre dois dos maiores rivais do Oriente Médio.
📌 Próximos passos
- A trégua de 12 horas deverá iniciar ainda hoje, se confirmada pelos dois lados.
- Analistas políticos alertam que a “paz” poderá ser frágil, já que muitos dos pontos de tensão — como o programa nuclear iraniano, a presença militar israelense na região e as alianças estratégicas de cada lado — permanecem sem solução.
- Espera-se que a ONU e países do G20 se manifestem oficialmente ainda nesta semana sobre o cessar-fogo e possíveis iniciativas para transformar a trégua temporária em um acordo duradouro.
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